quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

PUBERDADE

Frequentemente, quando os filhos alcançam uma determinada idade, os pais repetem incansavelmente a seguinte frase: Você já é um(a) Rapaz (Moça) e tem que ser responsável! Bom, isso nem sempre é legal para os filhos.
Se você já ouviu essa frase faz tempo ou há um tempinho, provavelmente pensou: Afinal de contas o que foi que mudou?? Então, acontece que mudou ou vai mudar muita coisa em você, isso porque a puberdade bateu à sua porta e saiu entrando! Não tem essa de pedir permissão.
Pra você entender melhor, a puberdade é tida como uma fase da vida que fica entre a infância e a fase adulta, e marca a tão sonhada entrada do jovem na adolescência. Se por exemplo olharmos imagens de uma criança e um adulto do sexo feminino notaremos muitas diferenças como o tamanho dos seios, a presença de pêlos, etc. É na puberdade que o corpo tanto das meninas quanto dos meninos passa por transformações que diferenciam indivíduos infantes e adultos.

Quais as mudanças no corpo das meninas? E dos meninos?

 Quando somos crianças o corpo de meninos e meninas são bastante semelhantes, diferenciáveis basicamente pelos órgãos genitais, quando adultos a diferenças são bem evidentes.
 

Meninas

Quando meninas passam pela puberdade os brotos mamários aparecem (entre os 8 e 13 anos) e crescem, pêlos aparecem, a primeira menstruação (menarca) acontece, o que significa que a mulher atingiu a maturação sexual, ou seja, já pode ter filhos.
A cintura também fica mais fina, o quadril se desenvolve, o útero aumenta de tamanho, a parede da vagina fica mais espessa, a irrigação sanguínea do clitóris aumenta, a voz fica um pouco mais fina, o crescimento em altura aumenta.
Tudo isso ocorre devido à produção de hormônios que ocorre em níveis aumentados desde então. São hormônios sexuais (progesterona e estrógeno), hormônio do crescimento, e muitos outros.

Meninos

Nos meninos, o primeiro sinal da puberdade é o crescimento dos testículos (entre os 9 e os 14 anos) e depois do pênis e dos pêlos pubianos, axilares e da face. A mudança da voz é uma das características mais marcantes na puberdade masculina, ela fica mais grave.
Alguns tem as mamas aumentadas durante a puberdade e isso é mais comum do que parece, ocorre em cerca de metade dos meninos, mas o crescimento das mamas sessará ao longo da puberdade.
Nas meninas acontece a menarca, nos meninos a semenarca, que nada mais é que ejaculações noturnas involuntárias contendo esperma, este é para os meninos o sinal de capacidade biológica de reprodução, que ele pode ter filhos.



Nos meninos e nas meninas muita coisa muda a partir da puberdade, nosso corpo muda por dentro e por fora! Quando os pais dizem que agora são Rapazes e Moças, na verdade estão querendo dizer que seus filhos estão se tornando Homens e Mulheres! Estão deixando de ser crianças. Entrando na adolescência e caminhando para a fase adulta da vida!
Na puberdade é destacada a maturidade biológica dos seres humanos, no entanto, para ser adulto é necessário assumir responsabilidades. Crescer nos proporciona maior liberdade, gradualmente ganha-se maior controle sobre as próprias ações e exige de cada um, acima de tudo, ser responsável pelas consequências de seus atos.


FONTES DE PESQUISA:

Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

CORRIMENTO VAGINAL

O corrimento, vaginite ou vulvovaginite é um problema bem comum e que incomoda muitas mulheres ao longo da vida, eles podem apresentar diversas colorações e até apresentar mau cheiro, causar queima ou ardor na região genital, coceira e muitos outros incômodos. Então, vamos saber um pouco mais sobre esse assunto!?


Primeiramente é muito importante saber que nem todo fluxo genital é um corrimento proveniente de uma infecção. A vagina não é completamente seca, nosso organismo produz todos os dias secreções afim de proteger contra bactérias e lubrificá-la durante a relação sexual.
Algumas vezes o fluxo pode ser apenas um aumento da secreção vaginal normal da mulher, que pode se alterar por influência hormonal, durante a gravidez e o ciclo menstrual por exemplo; orgânica, pela excitação sexual; e psicológica. As vulvovaginites ocorrem quando há um desequilíbrio entre esses fatores.

Causas
O corrimento vaginal pode ser causado por fungos, como na Candidíase (que nós já tratamos aqui), bactérias (Vaginose Bacteriana), e até por protozoários, como na Tricomoníase.
Outras circunstâncias como o uso de vestuário inadequado ou absorvente fora do período menstrual; falta de higiene, ou excesso de higiene no local também podem influenciar na ocorrência da vaginite

Diagnóstico

Para diagnosticar corretamente que vaginite ocorre na paciente o médico vai um exame clínico e pedir exames laboratoriais e o Papanicolau- exame de colo de útero caso a pessoa possa realizá-lo, (em geral garotas virgens sem abertura o suficiente não podem realizar este exame). A partir do diagnóstico o médico lhe indicará o melhor tratamento.

Além de seguir o tratamento indicado pelo seu médico é importante evitar comportamentos rotineiros que além de ajudar a tratar, também ajudam a prevenir o corrimento vaginal, como:
  • Evitar passar por situações de estresse, usar antibióticos apenas quando forem indicados pelo médico;
  • Evitar roupas apertadas e com tecidos sintéticos;
  • Usar calcinhas de algodão e não deixá-las secar no banheiro;
  • Manter a região genital sempre higienizada, preferindo sabonetes próprios para higiene íntima;
  • Usar preservativo nas relações sexuais;
  • Ter uma alimentação saudável.


SITES CONSULTADOS
http://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/corrimentos/

Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

DIAFRAGMA

Não, não estamos falando de um músculo envolvido em trocas gasosas. No nosso caso, diafragma é um método contraceptivo! Vamos saber como ele funciona e como usar.

O diafragma é um anel flexível, envolvido por uma borracha fina, assim como na imagem abaixo.

Como é um método de barreira, ou seja, impede que os espermatozoides entrem no útero por ser um obstáculo ao acesso dos mesmos, e não hormonal tem a vantagem de não ter efeitos colaterais quando usado.  A chance de falha deste método é de 10%, por isso é indicado o uso conjunto de espermicida, produtos que matam os espermatozoides, para aumentar a eficiência deste método!
Para começar a usar o diafragma como método contraceptivo você deve procurar um ginecologista que vai dizer o tamanho que melhor se adapte à sua vagina, além disso ele é indicado para mulheres que já iniciaram sua vida sexual e que não possuam infecção de colo de útero, nem alergia a látex.
O diafragma não é descartável, ele pode ser usado por até 3 anos, mas deve ser trocado caso a mulher ganhe acima de 10 kg dentro desse período. Para que funcione corretamente deve ser colocado de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e ser retirado 12 horas depois. Ele não pode ser usado no período de fluxo menstrual

COMO USAR O DIAFRAGMA:
Primeiramente urinar e lavar as mãos;
Colocar um pouco de creme espermicida dentro do diafragma;


Dobrar o diafragma e introduzi-lo em direção ao fundo da vagina;


Ajustar com o dedo indicador a borda do diafragma no osso pubiano.

Após o uso é importante lavar o diafragma com água e sabão neutro (não usar sabonetes), enxaguar depois secar e guardar no estojo.

IMPORTANTE: O diafragma não evita DSTs/AIDS, para isso é necessário usar a camisinha.

SITES CONSULTADOS
http://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/diafragma/
http://www.semina.com.br/diafragma_colocacao.php

Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CANDIDÍASE VULVOVAGINAL


O que é?
É uma infecção ocorrente na região genital (vulva e vagina). É muito comum e é causada por fungos (Candida sp.) que habitam normalmente a mucosa vaginal e digestiva. Quando esses fungos encontram um ambiente favorável para seu desenvolvimento crescem e podem provocar alguns sintomas como: coceira na região genital, ardor ou dor ao urinar, vermelhidão, inchaço e pequenas rachaduras na vulva, relação sexual dolorosa ou difícil (dispareunia), e corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto que se assemelha a "leite coalhado".


Como se pega?

A transmissão pode ocorrer pela relação sexual sem proteção (os homens também podem ter cândida-peniana), no entanto essa não é considerada a principal forma de transmissão, isso porque os microrganismos causadores podem fazer parte da microbiota vaginal normal da mulher.
Dessa maneira, os fatores que podem causar o crescimento do fungo e o desenvolvimento da candidíase são:

  • Gravidez;
  • Diabetes melitus (descompensada), obesidade, alimentação desequilibrada e com muito açúcar;
  • Estresse físico ou mental, cansaço e falta de sono;
  • Uso de contraceptivos orais de altas dosagens;
  • Uso de antibióticos, corticoides ou imunossupressores;
  • Hábitos de higiene pessoal e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a umidade e o calor local);
  • Contato com substâncias alergenas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume, desodorantes);
  • E alterações na resposta imunológica (imunodeficiência)- baixa resistência.


Como prevenir?

Existem várias atitudes preventivas ao desenvolvimento da candidíase. Entre elas temos:
  • Lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro. Não se sentar no vaso sanitário. No banho, não se sentar no chão do box ou banheira. Não tomar banho de banheira. As mulheres devem lavar as mãos antes de colocar absorventes internos. 
  • O casal deve fazer uma higiene íntima antes e depois de ter relações sexuais. O ideal é também sempre tomar um banho depois; e ainda usar camisinha, masculina ou feminina.
  • O uso de um xampu antimicótico para higiene íntima pode prevenir a candidíase. Ele deve ser usado na vulva, nos pelos pubianos, ânus e virilhas, assim como no pênis e escroto;
  • Usar calcinhas de material não sintético, 100% algodão, que permitem a ventilação da região genital e a manutenção do seu equilíbrio. E evitar o uso de roupas muito justas;
  • Lembre-se de que a calcinha deve ser posta para secar em ambiente fresco e seco. Jamais deixe-a secando dentro do banheiro, pois lá é quente e úmido do jeito que os fungos precisam para se desenvolver;



Como tratar?

            Para iniciar um tratamento é necessário procurar um médico que lhe indicará a forma adequada de se tratar. Caso seja acometida por coceira um pano molhado com água bem gelada pode aliviar a coceira, e será útil até que os medicamentos façam efeito.


SITES CONSULTADOS:


 Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

AIDS

Com toda certeza a maioria já ouviu falar, sabe pouco ou muito a respeito da AIDS. E é dessa doença que vamos falar um pouco hoje!

AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e é causada pelo vírus HIV. O vírus está presente nos fluidos do corpo como o sangue, sêmen, secreção vaginal e no leite materno. Dessa forma, o contágio se dá pelo contado com esses fluidos.
Pode-se contrair o vírus através do sexo, seja ele oral, vaginal ou anal, sem camisinha; pelo uso de seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; uso de instrumentos cortantes ou perfurantes não esterilizados. Além disso a mãe infectada pode passar a doença ao filho se amamenta-lo, ou durante a gestação ou parto, mas quanto aos dois últimos, pode-se fazer um tratamento durante o pré-natal que impede que o bebê seja infectado e nasça sem o vírus.

Quando ocorre o contágio, os primeiros sintomas surgem num período de 3 a 6 semanas. No geral, o vírus ataca o sistema imunológico da pessoa, suas células de defesa, e com esse sistema prejudicado é muito mais fácil adquirir outras doenças infecciosas, que vão de uma simples gripe às infecções mais graves como a tuberculose e até um câncer, e o pior é que a doença prejudica o tratamento de outras doenças que o infectado possa vir a ter.
Os primeiros sintomas da doença são semelhantes ao de uma gripe, a pessoa sente febre e mal estar. Depois há uma grande interação entre as células de defesa do organismo com as constantes mutações do vírus, nesse período o organismo ainda tem forças para combater outras doenças, e quantidade de vírus produzida no corpo e a que morre estão equilibradas, essa fase é assintomática.
Com o tempo, o organismo vai ficando debilitado, a quantidade de células de defesa cai, e a pessoa apresenta febre, diarreia, suor noturno e perda de peso. Logo a baixa imunidade permite o aparecimento de outras doenças.
Há algum tempo atrás receber um diagnóstico de AIDS era como receber uma sentença de morte, mas hoje já é possível ser soropositivo (possuir o vírus) e viver com qualidade, basta buscar e seguir um tratamento especializado. Para isso é importante se submeter ao teste de AIDS caso tenha passado por alguma situação de risco- como fazer sexo sem camisinha, usar a mesma seringa, alicate de unha, ou outros objetos cortantes e perfurantes que outra pessoa.

No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo, e os testes são feitos gratuitamente pelo SUS.
Não é difícil prevenir-se contra o HIV. Use o conhecimento ao seu favor!


SITES CONSULTADOS
http://www.aids.gov.br/pagina/formas-de-contagio

Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

CAMISINHA FEMININA

Quando se fala em camisinha a primeira imagem que as pessoas têm é do preservativo masculino. Ele é o mais comum, mais vendido, distribuído, usado. Mas e a camisinha feminina?
Pois é, a camisinha feminina pode ser comparada a uma ‘bolsa’, ela mede 15cm de comprimento por 8cm de diâmetro e tem em suas extremidades anéis flexíveis, uma de suas extremidades é fechada e é alocada no fundo da vagina, a outra é aberta e fica na parte externa, cobrindo a vulva.
A camisinha feminina é mais lubrificada que a masculina, e protege contra doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS, hepatites virais, e outras doenças assim como a camisinha masculina. Além disso, a camisinha feminina dá autonomia a mulher que não precisa esperar ou pedir que o parceiro se previna,  ela pode fazer isso sozinha. Outra vantagem da camisinha feminina é que ela pode ser colocada até 8 horas antes da relação.

A imagem abaixo mostra como usar o preservativo feminino de maneira correta:


Para que a camisinha possa ser usada e funcionar adequadamente é necessário tomar alguns cuidados como guardar longe do calor, usar em uma única relação sexual, não abrir a embalagem com os dentes e utilizá-la desde o começo do contado do pênis com a vagina. É importante também que o preservativo masculino e o feminino não devem ser usados aos mesmo tempo.
Os preservativos femininos, da mesma forma que os masculinos, podem ser vendidos em farmácias e são também distribuídos gratuitamente nos postos de saúde.
Cuide-se!

http://www.camisinhafeminina.com.br/#/como-usar

Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.

domingo, 14 de setembro de 2014

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

  • O que é? Quando usar? Como usar?





A Pílula anticoncepcional é um fármaco utilizado na prevenção da gravidez não planejada e de risco, ajudando no planejamento familiar, e -estendendo o campo de visão- no controle populacional.


Então, você acha que é só isso??

_Não é não. Contrariamente ao que muita gente pensa, as pílulas anticoncepcionais (ou anticoncepcionais orais) não servem só para evitar a gravidez!! Segundo Goldfien (1988) e Williams e Stancel (1996), apresentam também outros benefícios tais como: a regularização do ciclo menstrual, redução da tensão pré-menstrual, redução da incidência de cistos ovarianos, de câncer ovariano e endometrial e de doenças benignas das mamas.
As pílulas também são usadas em tratamentos médicos quando a doença em questão tem alguma relação com a regulação (ou desregulação) hormonal, tipo em alguns tratamentos para acne!







Quando usar?

Se você for ao médico e descobrir que tem alguma doença ou problema de saúde no qual o tratamento inclua alguma pílula anticoncepcional... essa será a hora!
Se esse não for o seu caso, você deve procurar um(a) ginecologista (se não for possível também pode ser um clínico geral) quando decidir iniciar sua vida sexual, busque junto a ele(a) a melhor opção de anticoncepcional para o seu caso! Procure seu médico com antecedência e tire suas dúvidas!



Como usar?

Isso o seu médico vai dizer! Ele lhe recomendará o medicamento e a dosagem certa para o seu organismo, por quanto tempo tomar, se devem haver interrupções ou não... Os efeitos dos anticoncepcionais não são os mesmos para todas a mulheres, daí a importância de ser acompanhada por um médico. Nunca tome medicamentos por conta própria!


Fontes de pesquisa:




Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.

domingo, 17 de agosto de 2014

CICLO MENSTRUAL

Você sabe o que exatamente é um ciclo menstrual? O que acontece com você ao longo desse período? Conhece o seu período fértil, quando provavelmente está ovulando? Sim ou Não?

Pois saiba que seria muito (muito e muito) bom saber!!

Saber o que ocorre durando o ciclo menstrual, mesmo que superficialmente ajuda, a nós mulheres, a lidar com diversas situações corriqueiras do tipo: quando a menstruação vai chegar _Para não passar por aquela situação constrangedora de ser pega de surpresa-, entender por que a menstruação ocorre- Que não é algo sobrenatural, que só Deus sabe como acontece-, e também é fundamental para quem se utiliza da famosa tabelinha como método contraceptivo- Já que conhecendo seu ciclo menstrual dá pra saber quando você está mais fértil e assim evitar manter relações durante essa fase do ciclo.
Para entender o processo pelo qual passamos é importante saber que:
  • O sistema reprodutor feminino é constituído de 2 ovários, 2 tubas uterinas (também conhecidas como trompas de Falópio) e o útero- que apresenta um estreitamento inferior (o colo do útero) que se abre na vagina- localizados na pelve, como na figura abaixo;

  • O útero possui três camadas, a externa de tecido conjuntivo, a média de tecido muscular liso e a interna que é o endométrio- epitélio escamoso renovado ciclicamente;
  • Nos ovários estão contidos folículos, e dentro dos folículos encontramos ovócitos células que darão origem ao óvulo- após a fecundação;

Voltando ao ciclo menstrual, sabemos que as mulheres possuem, obviamente, um organismo projetado para a gestação, todos os meses sofremos mudanças que nos preparam para a geração de uma nova vida, no entanto, isso pode ou não acontecer.
Nessa preparação mensal para uma possível gestação, nosso corpo, impulsionado por uma série de mudanças hormonais, promove o crescimento de alguns folículos do ovário, de forma que um (folículo dominante) será liberado e direcionado a uma das trompas para que possa ser fecundado e então se instalar na cavidade do útero. O útero também sofre alterações, o endométrio desenvolve-se ficando mais espesso e vascularizado para receber um futuro bebê.
Bom, quando não há fecundação o endométrio que se desenvolveu, ficando espesso, descama e é eliminado sob a forma de menstruação, o folículo –aquele de onde saiu o ovócito- vai ser transformado em corpo lúteo (ou amarelo) e se degenerará cerca de 4 dias antes da próxima menstruação. Assim, o ciclo menstrual pode ser compreendido em 3 fases: a folicular, a ovulação e a fase lútea.
A fase folicular, vai do 1º dia da menstruação até a ovulação, durante esta fase o hormônio estrogênio, predominante, faz com que o endométrio cresça. A ovulação corresponde ao período fértil da mulher, onde há a liberação do ovócito proporcionando maiores chances engravidar.
A fase lútea começa após a ovulação e estende-se até a próxima menstruação, nesse período a progesterona promove a estabilização do endométrio que espera a gravidez, e quando ela não acontece ocorre a menstruação e o ciclo recomeça.



Agora, como você pode usar tudo isso a seu favor?? _Muito simples, conferindo o seu ciclo!!

É comum que os ciclos variem de 21 a 35 dias e a menstruação pode durar de 5 a 8 dias – se a sua não bater com os números aqui expostos também não se desespere, procure uma ginecologista e esclareça suas dúvidas.
Para saber quantos dias tem o seu ciclo você deve conferir os dias que se passaram do 1º dia de uma menstruação (que também é o 1º dia do seu ciclo), até o 1º dia da menstruação subsequente (1º dia do ciclo subsequente), por exemplo, se sua menstruação ocorreu no dia 6 de julho, e posteriormente no dia 3 de agosto o seu ciclo é de 28 dias (pois o intervalo entre essas datas foi de 28 dias).

É importante que você anote todos os meses a data de início do seu ciclo, assim você poderá prever sua próxima menstruação conferindo a partir do 1º dia do ciclo atual o valor de dias aproximado do seu ciclo.
Para saber quando você está ovulando, ou seja, quando você está mais fértil basta conferir quantos dias tem seu ciclo e dividir este número por dois, utilizando o exemplo acima, da garota com ciclo de 28 dias, 28 dividido para 2 são 14, o dia mais fértil dela será o 14º dia do ciclo conferindo a partir do 1º dia da menstruação.
Se a garota tiver um ciclo de 30 dias estará mais fértil no 15º dia do seu ciclo, se o ciclo for de 34 no 17º dia, e assim por diante. É aconselhável para evitar gestações não planejadas que a pessoa evite manter relações sexuais cerca de 4 a 5 dias antes e depois do seu dia mais fértil.
Outra questão importante é que evitar gestações apenas evitando relações durante a ovulação não é um método muito seguro, principalmente para as adolescentes, pois nos primeiros 2 anos após a menarca (primeira menstruação) os ciclos não são regulares, o que torna a tabelinha um método de baixa eficiência.
Para quem deseja acompanhar melhor seu ciclo, na internet também existem alguns sites que te ajudam a conferir seu ciclo, vou colocar os links abaixo:

Você já sabe como você funciona. Utilize-se desse conhecimento, ele agora é seu _Faça bom proveito!!



FONTES DE PESQUISA:
Fernandes, J.S. Fortunato, J.M.S Pinto, J.C. Fisiologia do sistema reprodutor feminino. Fisiologia do sistema reprodutor feminino.



Escrito por: Kamyla Aragão, graduanda da Universidade Federal do Pará – Campus Marajó-Soure.