TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE O ABSORVENTE INTERNO
1 - Como devo
escolher o tamanho do absorvente interno?
O critério é a intensidade do fluxo - e não as
características locais, como o tamanho da vulva. O super é para as mulheres que
têm um sangramento abundante e o míni para aquelas que sangram pouco.
2 - Posso usar só esse tipo de absorvente?
O absorvente interno pode ser usado desde o
sinalzinho do primeiro dia até a borrinha do último, portanto está liberado
durante toda a menstruação. “Mas, para isso, precisa ser utilizado direito - ou
seja, ele deve permanecer na vagina por, no máximo, quatro horas”, orienta a
ginecologista.
3 - Até durante o
sono?
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4 - Existe o risco de vazar?
Só se você tiver um ciclo abundante e escolher
um tamanho insuficiente (míni ou médio) ou, mesmo que use o super, permaneça
com o mesmo absorvente por mais de quatro horas. A possibilidade de alergia
também é remota, já que o material é hipoalergênico.
5 - Se o fluxo for
leve, no finzinho da menstruação, posso ficar com o mesmo absorvente o dia
todo?
O tempo de uso continua sendo de apenas quatro
horas, pois o produto, além do sangue, absorve o muco cervical. Mas vale a pena
mudar para o tamanho míni a fim de facilitar a retirada: quando se puxa um
absorvente úmido, ele sai de modo mais confortável. Nos últimos dias, como o
sangramento diminui, ele fica mais seco, daí, quanto menor, menos desagradável
é a saída.
6 - Por que não é bom
ficar com ele por mais tempo?
Apesar de ser chamado de tampão, o absorvente
interno faz mais do que obstruir a saída do sangue pela vagina. O algodão que o
compõe absorve o fluxo e, se esse sangue ficar parado ali por um tempo
prolongado (mais de oito horas) existe o risco do crescimento de bactérias
capazes de alterar a flora da vagina, causando infecções genitais. Se esquecer
de retirá-lo por vários dias, a mulher corre o risco de inflamações também no
útero e nas trompas. Nos casos mais graves (e felizmente raros!), a bactéria
pode atingir a corrente sanguínea, causando infecção generalizada.
7 - Quem tem DIU pode
usar esse tipo de produto?
Sim. Eles ocupam espaços diferentes: o
dispositivo anticoncepcional é inserido pelo ginecologista dentro do útero, e o
absorvente fica na vagina. Não há perigo de ao retirar o absorvente trazer
junto o DIU ou de puxar a cordinha errada. A do absorvente é deixada na entrada
da vagina enquanto a do DIU fica lá no alto, saindo apenas 1,5 centímetro para
fora do colo do útero.
8 - O que fazer se a cordinha sumir?
Não há perigo de o absorvente se perder dentro
do corpo. "A vagina é uma rua sem saída", diz Graciela Folador. Nos
rigorosos testes feitos pelos fabricantes, a cordinha não arrebenta, mas às
vezes ela pode ficar dentro da vagina. Nesse caso, faça uma pinça com os dedos
para puxar. Se não der certo, vá ao seu ginecologista. Às vezes, a mulher não
acha o absorvente e acaba se desesperando. Ele pode ter caído quando foi ao
banheiro e fez força para evacuar. Deixando a cordinha sempre visível, a
retirada é mais fácil e diminui o perigo de você esquecer o tampão ali dentro.
Você também pode adquirir o costume de trocar o absorvente quando fizer cocô.
Isso diminui o risco de contaminação da cordinha por bactérias eventualmente
presentes nas fezes.
9 - Depois de sair da
piscina ou do mar, ele precisa ser retirado imediatamente?
Apenas se você sentir que ele encharcou ou
começou a vazar, mas isso não é comum. Se estiver no lugar certo, a água não
penetra na vagina.
10 - Qual
é o melhor jeito de introduzi-lo?
Em pé, com uma perna flexionada e o pé apoiado
no vaso sanitário. Ajeite o absorvente entre os dedos indicador e polegar,
formando uma pinça, introduza e empurre com o indicador até a metade do dedo ou
use o aplicador.
11 - Há algum tipo de
contraindicação?
Não. Até virgens podem usar. Mas é interessante
ir antes ao ginecologista para checar o tipo de hímen - a maioria das mulheres
tem abertura circular, que não oferece resistência, porém algumas podem
apresentar uma película no meio, que inviabiliza a introdução do absorvente.
Segundo a médica, ele pode ser usado mesmo na presença de candidíase, que se
caracteriza por corrimento esbranquiçado, coceira e ardor. Durante a
menstruação, como a vagina fica lubrificada pelo sangue, esses sintomas costumam
dar trégua. "Em geral, o absorvente interno é mais higiênico que o
externo, uma vez que o sangue menstrual não fica em contato com a vulva",
explica Graciela.
12 - O coletor
menstrual é uma boa alternativa?
O copinho de silicone, existente no mercado em
dois tamanhos, inserido na vagina para recolher o sangue menstrual, é
ecologicamente correto: diminui os gastos com absorventes e a produção de lixo.
Porém requer mais atenção na introdução e na higienização. "A abertura tem
que estar virada para o colo do útero, senão o sangue vaza", adverte a
médica. "É preciso retirá-lo a cada quatro horas e lavar muito bem antes
do próximo uso, do contrário pode levar bactérias para a vagina."
O absorvente interno é uma solução para acabar
com o medo de o absorvente marcar as roupas ou o sangue vazar. Mas eles só são
úteis e seguros se usados do jeito certo.
Informa a ginecologista Graciela
Morgado Folador, de São Paulo, filiada à Febrasgo (Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia).